As startups mais admiradas dos dias de hoje – os Facebooks, Googles e LinkedIns do mundo – são empresas globais que começaram em mercados locais. Vejamos o Facebook como exemplo. O Zuckerberg começou o Facebook em um nível bastante local, testando o conceito original na Universidade de Harvard. Com o tempo, o Facebook cresceu nacionalmente, e depois globalmente. Hoje, a rede social tem mais de 800 milhões de usuários ativos, dos quais mais de 75% vivem fora dos EUA.
Reid Hoffman, Membro do Conselho global da Endeavor, fundador e
presidente do LinkedIn, falou sobre a importância de “Começar pequeno,
mas sonhar grande” no Endeavor Entrepreneur Summit de 2011.
“É claro que você pode mirar em um alvo maior, porque você pode acabar
com algo menor de qualquer forma. E parte da razão de isso ser uma regra
no empreendedorismo é porque se você não começar mirando alto, quase
nunca vai conseguir chegar lá. Tem que ser assim: ‘Como posso ter um
impacto global?’. Eu acho que todas as empresas de alto impacto devem
pensar em escala global por natureza hoje em dia, por causa da forma
como o ecossistema do mercado funciona. Aí você pensa ‘OK, como eu
posso entrar nesse jogo?’. Um dos maiores desafios é como construir algo muito forte
com o foco local e então partir para o jogo global. Por exemplo, nós
lançamos o LinkedIn com 13 países na lista, e acho que completamos
todos os países em 4 meses, porque para cada pessoa que reclamava que
seu país não estava na lista, nós o adicionávamos.”
Uma pesquisa do Endeavor’s Center for High-Impact Entrepreneurship
mostra que a maioria dos empreendedores de sucesso começou localmente,
mas planejou em escala global.
Entre os melhores empreendedores entrevistados – aqueles cujas empresas
cresceram em média 20% ou mais nos últimos três anos – 74% focaram em
ter sucesso localmente no começo, para conseguirem aperfeiçoar os
aspectos mais fundamentais dos seus modelos de negócios. Mas aspiravam
tornar suas empresas globais e desenharam seus negócios de uma forma que
fosse possível expandir globalmente no futuro.
Quando a Empreendedora Endeavor colombiana Lilian Simbaqueba fundou a
LiSim em 1996, ela sabia que teria de expandir sua empresa além das
fronteiras da Colômbia para ter alto impacto.
No começo, a LiSim tinha muitas oportunidades de negócios na Colômbia,
então Lilian decidiu focar primeiro em construir um negócio que fosse
muito forte no mercado local. Quando a crise financeira atingiu a
Colômbia, no entanto, os riscos para o core business da LiSim aumentaram
substancialmente. Lilian decidiu que era hora de fazer uma expansão
internacional. Um dos clientes da LiSim era um banco no Equador – o que
criou um link natural para o novo mercado. Depois do Equador, a expansão
geográfica continuou, na maioria dos casos puxada por clientes e
contatos que já existiam. A ACCION International levou a LiSim ao Peru e
à Bolívia, e o Banco Mundial a levou para o Egito e África do Sul. Por
todo o processo de expansão, Lilian teve de fazer pequenos ajustes no
modelo de negócios, mas o modelo original do core business que ela
aperfeiçoou na Colômbia permaneceu o mesmo. Hoje, a LiSim opera em 20
países.
Fonte: EndeavorBrasil
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