domingo, 25 de julho de 2010

Melhore o Leiaute da Fábrica

Escute, logo abaixo, o programa de rádio da Rede de Conhecimento Faça Diferente, criada pelo Sebrae.
O programa de rádio da Rede de Conhecimento Faça Diferente, criada pelo Sebrae, apresentou-lhe uma das formas de inovação mais simples e baratas que existem: a reorganização da disposição do maquinário na fábrica. No programa do dia 22 de julho, você ouviu a história do empresário Leandro Souza, dono da MS Móveis, localizada no Distrito Federal. O empreendedor aumentou a produtividade da empresa em 20% depois que posicionou os equipamentos conforme a ordem das etapas do processo produtivo. Dessa forma, a primeira máquina da fila recebe a matéria prima e a última é a responsável pela finalização do produto.

É importante destacar que nem toda fábrica pode ser organizada dessa maneira, com equipamentos em fila única. Geralmente, o galpão abriga grupos de máquinas, que podem delimitar tanto a fabricação de um dos produtos como reunir equipamentos complementares, utilizados em diversos processos produtivos. Vamos imaginar a produção de móveis. É possível haver uma linha para a fabricação de sofás e outra, de cadeiras. Assim como também é possível existir uma linha destinada a produzir o estofado utilizado tanto nos sofás quanto nas cadeiras. A organização dos equipamentos depende da dinâmica e da necessidade de cada empreendimento.

O mais relevante é que não haja desperdício de tempo e fluxo desnecessário de funcionários. Já imaginou se a primeira máquina da cadeia produtiva ficasse a metros de distância do estoque de matéria prima? E se o próximo equipamento do processo estivesse localizado perto do último e o terceiro, longe dos dois primeiros? Com essa desorganização, os funcionários transitariam em ziguezague por toda a fábrica, desperdiçando tempo de trabalho e energia da equipe. A observação do trânsito de trabalhadores está incluída na Análise de Tempos e Movimentos, que sempre deve ser feita pelo proprietário do negócio.

Essa análise leva o empresário a realmente sentir o tempo que cada funcionário e cada máquina levam para executar um comando, além de perceber os movimentos e ações necessárias à realização do trabalho. Dessa forma, é possível estabelecer um padrão de fabricação. Por exemplo: uma fábrica possui cinco máquinas, cada uma operada por um funcionário. Se a máquina A leva o dobro de tempo para efetuar uma operação se comparada à máquina B, não seria o caso de investir numa segunda máquina A? Assim, o equipamento não ficaria ocioso e o funcionário da máquina B não pararia de trabalhar para esperar que o material produzido pela máquina A ficasse pronto. A fábrica manteria, portanto, um ritmo constante e as duas máquinas A dariam conta de abastecer a máquina B no mesmo tempo que a máquina B conseguiria fornecer material à máquina C.

Análise de Tempos e Movimentos dos funcionários

O trabalho dos funcionários também deve ser observado de perto. Aconselha-se que o empresário cronometre o tempo necessário para fabricar determinada peça e estabeleça um modelo a ser copiado pelos operadores. Se os funcionários estão demorando mais do que o esperado para executar uma tarefa, o empreendedor deve procurar a causa. O trabalhador pode ser simplesmente desleixado e não adotar o senso de equipe. Por outro lado, o profissional pode estar apenas exausto, não ter sido treinado ou trabalhar em condições adversas (má iluminação, excesso de ruído). Essa é uma questão que deve ser levada bastante em conta por donos de fábricas.

Estima-se que um funcionário com ótimo rendimento gaste 85% da sua carga horária no trabalho e os outros 15% com paradas necessárias para descanso e alimentação. Porém, caso seu trabalhador precise de mais tempo para descansar ou não consiga produzir tudo o que é necessário no período de trabalho, outros fatores podem estar atrapalhando. A cadeira utilizada pelo operador, por exemplo, deve ser confortável o suficiente para que ele suporte horas ininterruptas de serviço. O assento precisa ser ergonômico e não pode prejudicar a saúde da equipe. A iluminação da fábrica também deve ser adequada: nem escura e nem clara demais, para não forçar a vista. O bom senso também vale para a temperatura do ambiente, que deve ser ideal para a realização do trabalho.

No exemplo apresentado hoje pelo programa de rádio da Rede de Conhecimento Faça Diferente, você ouviu que, além do aumento de produtividade em 20% devido à reorganização das máquinas, o empresário elevou a produção em outros 20% a partir da definição detalhada do papel de cada funcionário. Depois dessa atitude, houve diminuição do desperdício e redução de trabalho mal feito ou até refeito pelos trabalhadores.

O retrabalho, o desperdício e a baixa produtividade geralmente são causados pela alteração de algum dos seguintes elementos: qualidade, estado de conservação ou adequação no maquinário; eficiência da mão de obra; qualidade da matéria prima; gestão da empresa; qualidade do ambiente de trabalho; e métodos adotados para a fabricação do produto. É preciso lembrar que máquinas quebram e pessoas se cansam. Portanto, você, empresário, necessita equilibrar velocidade e quantidade de produção com as limitações dos seus equipamentos e de sua equipe.

Os conselhos oferecidos aqui a você não geram qualquer tipo de custo. Por isso, a simples melhora na organização do maquinário no chão de fábrica pode ser considerada uma inovação tão genuína. O novo método aplicado pelo empreendedor reduz desperdícios, aumenta a produtividade, eleva o padrão de trabalho dos funcionários e melhora o ambiente de trabalho. A soma desses fatores resulta em maior faturamento. Para resultados ainda mais eficazes, procure o auxílio de um consultor do Sebrae, que pode traçar o caminho mais rápido e seguro para reestruturar sua fábrica.

Conteúdo retirado do site Faça Diferente. Outras Postagens
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