segunda-feira, 28 de junho de 2010

A experiência de Hawthorne

Um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard foi contratado para desenvolver um estudo numa fábrica da Western Electric, uma empresa fornecedora de materiais para o sistema telefônico. O estudo foi feito para descobrir se as variações na iluminação teriam algum efeito sobre o desempenho dos trabalhadores.

O estudo começou apresentando resultados estranhos. Aumentava-se a intensidade da luz e a produção aumentava. Diminuía-se a luz e... a produção aumentava também! Em seguida, os pesquisadores ofereceram benefícios: lanches e intervalos de dascanso. A produção continuou aumentando. Finalmente, todos os benefícios foram retirados. A produção, em vez de cair, subiu para uma quantidade espantosa. Os pesquisadores somente conseguiram demonstrar que não havia qualquer correlação simples e direta entre os fatores que eles estavam manipulando (iluminação e benefícios) e a produtividade (peças produzidas). Foi nessa altura que chamaram Elton Mayo, australiano radicado nos Estados Unidos, para ajudar a explicar o que estava acontecendo.

Como resultado de um trabalho de entrevistas em profundidade, Mayo e seus colaboradores interpretaram os resultados do experimento e formularam uma série de conclusões que criaram uma nova filosofia de administração. Em essência, essas conclusões diziam que o desempenho das pessoas era determinado não apenas pelos métodos de trabalho, segundo a visão da administração científica, mas também pelo comportamento. As conclusões mais importantes de Mayo são as seguintes:
  • A qualidade do tratamento dispensado pela gerência aos trabalhadores influencia fortemente seu desempenho. Bom tratamento, bem desempenho.
  • O sistema social formado pelos grupos determina o resultado do indivíduo, que é mais leal ao grupo do que à administração. Se o grupo resolve ser leal à administração, o resultado é positivo para a empresa. O resultado é negativo para a empresa quando o grupo resolve atender a seus próprios interesses.
  • Os supervisores deveriam fazer o papel não de capatazes, mas de intermediários entre os grupos de trabalho e a administração superior.
As conclusões de Mayo lançaram as bases de uma nova filosofia de administração: a filosofia das relações humanas.

Trecho retirado do livro Introdução à Administração de Antonio Cesar Amaru Maximiano, 7ª edição, revista e ampliada, editora Atlas. Outras Postagens
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